sábado, 8 de maio de 2010

Sucessão ...



Já se passaram muitos anos desde aquele dia 8 em que era esperada a cegonha com o primeiro rebento da nova família.
Será menino, será menina ?
Da parte do pai o desejo era mesmo que fosse rapaz, pois o avô paterno queria perpetuar o apelido da família.
Pela parte materna aceitava-se o que nascesse.
Não se faziam ecografias e era portanto incerto o sexo de quem nasceria.
Existia o salutar mistério. Até ao momento do nascimento havia o nervosismo miudinho de quem passava aquelas horas na incerteza do sexo do novo membro do clã.
Eis que chega a notícia : É UMA LINDA MENINA !!! Uma das frases feitas, pois naquele momento não há bebés nem lindos nem feios. Importa que seja saudável e a beleza virá depois.
Nasceu sã.
Não houve desilusão por ser menina, embora tivesse havido a esperança de o rapaz desejado. Era a primeira e por isso mais tarde se pensaria no rapaz.
A meu lado o sempre amigo “tio Henrique” que dizia que para a próxima seria um rapagão. Pensei por momentos no avô paterno e como lhe dar a notícia. Ganhei coragem, liguei e disse-lhe …… “não foi desta, mas para a próxima vou esmerar-me e fazer-lhe a vontade”.
Não cumpri a promessa, mas isso fica para contar mais tarde.
Passados os momentos de relaxe da tensão sofrida durante o dia e de saber que mãe e filha estavam bem, reagi e disse ao “ tio Henrique” … "anda daí, vamos comemorar".
Que mariscada tão bem “regada” !

Hoje comemorámos em família com um rapagão da 3ª. geração à mesa. Infelizmente o avô João não conheceu o seu bisneto João Pedro, mas seguramente gostaria de saber que à terceira veio o rapaz.

Que repouse em paz.

A ti, filha ... e ...

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