sexta-feira, 19 de abril de 2013

PSD da Mêda...


Transcrevo A NOTÍCIA do Jornal da Guarda "O INTERIOR"

Paulo Amaral, João Mourato e Aurélio Saldanha juntos no mandato anterior

PSD da Mêda recusa fazer campanha por Paulo Amaral
 
A Distrital diz ter escolhido o candidato por causa da divisão da concelhia, mas esta considera que o indigitado «não tem perfil» para ser cabeça-de-lista. Militantes e dirigentes ameaçam desfiliar-se do partido.

A Distrital do PSD abriu nova guerra com a escolha de Paulo Amaral para candidato na Mêda. A decisão, oficializada na última segunda-feira, apanhou todos de surpresa e desagradou sobremaneira à concelhia local, que decidiu não participar na campanha. Por sua vez, vários militantes – entre os quais o histórico João Mourato, antigo presidente da Câmara – anunciaram que vão desfiliar-se do partido como forma de protesto.

A indigitação de Paulo Amaral acontece numa altura em que Aurélio Saldanha, líder da concelhia, e Aires do Amaral, outro putativo candidato, tinham chegado a um entendimento para formar uma lista única liderada pelo ex-gestor bancário. «A escolha de Paulo Amaral foi feita à revelia dos órgãos locais do PSD, de que o agora candidato não faz parte, é uma decisão anti-democrática e corporativa», critica Aurélio Saldanha, que a secção medense tinha indicado por unanimidade para concorrer à Câmara local. «Não nos revemos nessa candidatura porque Paulo Amaral não tem perfil para ser o cabeça-de-lista e não nos sentimos motivados para o acompanhar na campanha», acrescenta Aurélio Saldanha, para quem os sociais-democratas da Mêda foram «enganados» pela Distrital. «O processo estava previamente formatado para este resultado, mas nós não aceitamos esta postura da Distrital», avisa.
O dirigente adianta que Júlio Sarmento justificou a escolha com «a falta de entendimento» entre as candidaturas de Aurélio Saldanha e de Aires do Amaral, «o que já não se verificava nesta altura, pois abdiquei de ser o cabeça-de-lista a favor de Aires do Amaral para termos uma lista forte e de unidade». O presidente da concelhia afirma que não se demite porque foi eleito «democraticamente», mas revela que outros militantes anunciaram na reunião da passada segunda-feira que vão deixar o PSD. Um deles é João Mourato, que preside à mesa do plenário e é vereador na Câmara. O histórico autarca, que perdeu a Câmara em 2009 para Armando Carneiro após mais de 20 anos, considera que a Distrital cometeu «um erro» ao escolher Paulo Amaral. «É meio caminho para dar a autarquia de mão beijada ao PS, ou ao CDS. O PSD vai sofrer um grande revés na Mêda», avisa, afirmando que os militantes «mereciam mais respeito».
João Mourato, que apoiou Sarmento para a Distrital, diz não perceber a decisão, pois o agora candidato fez parte da lista derrotada para a concelhia, em julho. «Pelos vistos, os que perdem é que são escolhidos, pelo que os militantes só têm que virar costas a esta candidatura. A Distrital que venha fazer campanha na Mêda», desafia. Entretanto, na próxima reunião de Câmara, João Mourato e Jorge Saraiva vão demitir-se e requerer a o estatutos de vereadores independentes. Confrontado com esta revolta, Paulo Amaral começou por dizer que é candidato e que a sua principal preocupação é vencer na Mêda. «Se ganhar, ganha o PSD. Se perder, perco eu», acrescentou, sublinhando que «todos são bem-vindos para fazer uma lista de unidade e vencer este desafio». O antigo vereador apelou também a militantes e simpatizantes para que estejam «nesta campanha, que é do PSD não é minha. Este não é o tempo de pessoalizar as coisas», afirmou.

«Tiveram tempo de se entender»

«Tiveram tempo de se entender, mas perderam as oportunidades todas», adianta Júlio Sarmento.
O presidente da Distrital do PSD adianta que a escolha de Paulo Amaral, que terá em Ana Abrunhosa a candidata à Assembleia Municipal, aconteceu perante as «divisões da concelhia entre Aurélio Saldanha – que, para mim, era o candidato natural – e outros candidatos, que foram surgindo sucessivamente». O líder social-democrata conta que tentou uma solução de consenso, «mas Aurélio Saldanha e Aires do Amaral disseram que não havia hipótese, sendo que este último também recusou a realização de uma sondagem para ajudar a encontrar o melhor candidato». Segundo Júlio Sarmento, só depois do nome de Paulo Amaral ter sido aprovado é que «as fações se uniram». A Distrital ainda tentou nova conciliação, mas dessa vez foi o candidato indigitado que recusou sair de cena. «Tal como na Guarda, cumpriram-se os estatutos, segundo os quais a concelhia propõe e a distrital escolhe. As pessoas têm que ser responsáveis e quem não aceitar estas regras sujeita-se à disciplina», ameaça o presidente da Distrital, que se diz convencido que os dirigentes e militantes da Mêda e da Guarda vão aceitar as decisões e «entender que o interesse do concelho e do partido deve prevalecer».

2 comentários:

  1. E a candidatura do Partido Socialista???

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  2. Pelo que sei e pouco sei, o Prof. Anselmo Antunes de Sousa, Vereador a tempo inteiro neste mandato, será quem vai encabeçar a Lista do PS. Quanto aos restantes elementos parece que ainda é cedo para saber quem o acompanhará. Quanto ao CDS há já a candidatura assumida pelo atual Presidente da Junta de Freguesia, António César.
    Será que ainda vai haver uma 4ª candidatura independente ? Esperemos para ver. Aceitam-se informações.

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