quarta-feira, 28 de abril de 2010

Reunião de emergência em ... S. Bento


José Sócrates e o líder do PSD Pedro Passos Coelho reuniram-se de urgência em São Bento para aquilatar de uma possível estratégia face à relação de Portugal com os mercados financeiros. Com a decisão de Sócrates de arrancar já com alterações no subsídio de desemprego, transpareceu das palavras de Coelho uma disposição para facilitar ao PS o cumprimento da presente legislatura.
Passos Coelho promete "quadro de estabilidade"
Já após a reunião de hora e meia na residência oficial de São Bento, Passos Coelho deixava nas declarações aos jornalistas o que transparece um compromisso - depois ter manifestado um certo grau de intolerância para com a "chantagem" socialista quando do Governo acenaram com eleições antecipadas - de legislatura, mostrando-se disposto a colocar de parte qualquer cenário de eleições antecipadas.
Cooperação também na análise de Sócrates
Nas declarações aos jornalistas, o chefe do Governo elogiou "o sentido de responsabilidade" do presidente do PSD, ao dar um sinal de confiança aos mercados mostrando que pode haver diálogo entre o Governo e o principal partido da Oposição.
José Sócrates sintetizou os resultados da reunião em dois pontos, "duas decisões" que foram tomadas: primeira, acompanhar com regularidade a situação financeira, e mediante um diálogo entre Governo e PSD; segunda, a antecipação das medidas previstas no PEC.
Neste sentido, Sócrates deixou uma mensagem aos mercados: "Este é um país que cumpre os seus compromissos e um país que nunca desistiu da sua credibilidade internacional".
Ao pais, Sócrates deixou a partir de São Bento que se ficou a saber "que em matéria de compromissos internacionais o Governo e o PSD não desistem de trabalhar em conjunto".

Lamentavelmente foi preciso ser o líder do PSD Pedro Passos Coelho a pedir a reunião, quando era obrigação do primeiro-ministro chamar a oposição e pedir a sua colaboração para acertar políticas condizentes de modo a minimizar a crise instalada.
As medidas anunciadas não resolverão as dificuldades pois serão seguramente insuficientes.
Os TGV's, Aeroportos e outros projectos de "ricos" devem ser postos imediatamente de parte, gastando apenas segundo as nossas possibilidades. De nada valerá aumentar a carga fiscal se não houver uma criteriosa redução da despesa pública.
É com gente séria, competente e madura que os Serviços aprenderão a evitar os desperdícios. Não é com "boys" que se consegue dar credibilidade ao Estado e suas instituições.
É com política de verdade que os portugueses podem aceitar sacrifícios. Não é com Gestores nomeados por compadrio, que auferem verdadeiras fortunas, que se motivam os trabalhadores e a classe média que tende a desaparecer
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