quarta-feira, 21 de abril de 2010

Mêda .... um giro ao acaso

Na minha última estada na Mêda deu-me para fazer um pequeno giro pela “cidade” e tirar algumas fotos.
Não desconhecia o surto de construção habitacional dos últimos anos, mas mesmo assim fiquei surpreendido com a quantidade construída e ainda em construção.
Sabendo que a desertificação da nossa terra tem acontecido ao longo de décadas, maior surpresa foi a minha.
Já várias vezes tenho escrito e dito que se vê pouca gente nas ruas. Tinha a impressão de que o motivo era por eu normalmente passar lá o fim de semana e não os dias úteis. Desta vez fui e fiquei lá durante os dias de semana, não o fim de semana. Com excepção das Segundas-feiras da parte da manhã, por causa do mercado semanal, vê-se realmente pouca gente a deambular pela cidade.
Não percorri toda a “cidade” para tirar as fotos, mas apenas uma pequena parte. As restantes zonas ficarão para uma próxima , embora sejam de nós bem conhecidas.
Certo de que há muitas casas velhas abandonadas, mas mesmo assim não consigo ver nem perceber onde há população para tantas casas novas. Se há não se vê, nem nas ruas nem no comércio local.
Ainda bem que existem aqueles casarões, pois é sinal que deram emprego a muita gente.
Com a agricultura em crise, se a construção pára, que emprego resta ?
Mas se não há população, até quando a construção ?
Não será nos tempos mais próximos que a economia retomará o crescimento, por isso tenho receio que por lá se veja menos gente a consumir e a fazer progredir a terra.
Oxalá me engane.

Algumas vistas da construção na Mêda...

3 comentários:

  1. Caríssimo Lusitano

    Gratíssimo pela amostra que fizeste da nossa nova Mêda, embora eu fassa algumas críticas, não ao trabalho que está ótimo, mas à falta de alguns bairros, como o Prazo, aquele bairro que fica em frente da casa do padre Basílio,(não lembro o nome),o bairro atrás do campo etc.

    Desta eu te absolvo porque tenho a certeza que te sabendo amante como eu da nossa "Vila", vais vir com outra carga dentro em breve.

    Olha vou-te dizer uma coisa, tu fazes inveja ao Melo, lembras daquele senhor que ía à Meda e passava os filmes nas paredes brancas que encontrasse?

    Sem dúvida que foi um trabalho bem realizado e deu para ver bem a quantidade de imóveis que foram feitos e o crescimento que a Mêda teve em relação áquele burgo dos nossos dias de juventude.

    Eu faço a mesma pergunta, naquela época a vila tinha quase quatro mil pessoas e hoje com o tanto de casas feitas, onde estão as pessoas para ocupá-las, se a população diminuiu para pouco mais de duas mil e quinhentas pessoas ?

    Espero que o nosso novo autarca e seus pares sejam os pioneiros para o agendamento de soluções que possam vir a minimizar a desertificação, através de proposituras eficazes que teimem em fixar o jovem ao lugar.

    Hoje em dia a agricultura em nossa terra está praticamente falida, os pequenos agricultores que ainda teimam em beneficiar as suas courelas, plantam para os gastos, pois ainda pensam que tudo o que é caseiro é melhor, e o fato é que é mesmo, mas se forem fazer as contas fica muito mais caro.

    Os quatro ou cinco considerados grandes agricultores, eu os considero heróis porque plantram em lugares que antes nada produziam e fizeram dessas terras verdadeiros jardins. Acredito que na agricultura são eles os únicos a dar emprego.

    A meu ver é na construção civil que está o maior empregador, mas como dizes, se existem tantas casas vazias para que construir mais? E se o ramo de construção parar então será o caus. Realmente não vislumbramos a curto prazo na cabeça de nossos governantes soluções que evitem o marasmo da economia. Parece que para eles está tudo bem, o povão é muito pessimista. E assim o desemprego vai gassando.


    Luís Filipe

    ResponderEliminar
  2. Luís Filipe

    Correção: fassa para faça

    gassando para grassando

    (no texto de 22 de Abril de 2010

    23:50)

    ResponderEliminar
  3. Olá Caríssimo Luís Filipe !
    Deixa lá as correções senão vais-me obrigar a ter que escrever correctamente e sabes bem que o meu Professor Gambôa não era tão bom como o teu Professor Ilídio.
    Claro que tens razão ao dizer que não mostrei todos os "bairros", mas digo no texto ... "Não percorri toda a “cidade” para tirar as fotos, mas apenas uma pequena parte. As restantes zonas ficarão para uma próxima , embora sejam de nós bem conhecidas".
    A ideia nasceu quando ao vir dos Gatos pensei que tu gostarias de matar saudades da terrinha e vai daí peguei na máquina e záz.
    Não me digas que não gostaste de ver quase pronto o teu novo Apartamento ?!
    Também o novo "mercado" e o novo "Lar" tiveram honras de serem vistos. O mercado ainda não funciona e o novo "Lar" já tem idosos que foram transferidos do velho, que nas imagens se vê completamente fechado.
    Se mais não mostrei foi porque o "filmeco" iria ficar extenso e ficaria sem pretexto de voltar ao tema. Já viste que depois de "velho" me deu para isto ?!!
    É sempre com gosto que vou à nossa terra, mas confesso e já o disse várias vezes, que em certos aspectos, me mete pena.
    Pena que o progresso seja tão relativo, pois há casas mas não há gente.
    Temos que concordar que se fez "obra" nas últimas décadas, mas que falta o essencial ou seja a pujança da economia a funcionar.
    Temos Casa da Cultura, temos Biblioteca, Museu, Arquivo Municipal, Piscinas, Campismo, Posto de Turismo, Estádio relvado, Palácio da Justiça e outras infra-estruturas, mas com excepção das Piscinas a ocupação é diminuta.
    Esperemos que novos ventos varram a nossa terra.
    Aquele abraço

    ResponderEliminar