sexta-feira, 2 de abril de 2010

Procissão da Paixão



As ruas da MÊDA, viveram na noite de Quinta Feira Santa mais uma Procissão da Paixão de Cristo.
Apesar da noite muito fria e da hora tardia, foram muitos os fiéis que acompanharam com devoção, os passos de Cristo até ao Calvário.
Pés descalços e velas na mão, os crentes não sentiram o gélido frio da noite.

É sempre com muita emoção que assisto à passagem do Senhor Bom Jesus dos Passos pelas tradicionais ruas da terra que me viu nascer.

2 comentários:

  1. Caro amigo Lusitano

    Foi preciso vários anos para me acostumar ao Natal tropical e igualmente à Páscoa. Hoje já consigo conviver com isso que me parecia um absurdo. Natal sem frio não era Natal. Apesar de atualmente estarmos recebendo uma onda de frio da Argentina , o tempo está quente e abafado, possivelmente vamos ter uma Páscoa chuvosa e molhada. Tanto melhor, que assim a passaremos em casa comendo o bolo da Páscoa com queijo fresco e chouriça pois aqui é uma casa portuguesa com certeza. Recordo-me da Sexta-Feira Santa na Mêda e da procissão onde a voz da prima Idalina Tavares entoava forte e rija sobrepondo-se a todas as outras com seu canto:" Senhor Deus tende piedade de nós".Na nossa época a procissão era ainda enfeitada pelas lanternas feitas de papel seda multi colorido e que eram colacadas na ponta de uma cana para que ficassem acima das cabeças e pontilhassem a noite escura com pontos de várias cores.A lanterna do Zé Maria era a mais bonita, pois o seu pai caprichava na sua confecção. O nosso grupo de herejes se deleitava cortando com um canivete as velas que saiam dos copinhos e que eram da garotada mais nova.Era uma heresia, mas acridito que Deus me perdoou.Agora já que eu não posso estar presente fica a saúdade

    Luís filipe

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  2. Caríssimo Luis Filipe !

    Ainda na Meda, hoje com um Sol radiante e temperatura mais amena, foi um belíssimo dia de Páscoa.
    Estamos a ficar "velhos" pois recordamos muito as coisas da nossa infância.
    Já não há Procissão de Sexta-feira que era o "enterro" de Cristo, pois o Padre Basílio só faz a de 5ª Feira que é a ida de Cristo para o Calvário.
    Hoje, Domingo, a procissão dá apenas uma pequena volta, pois chega à Câmara e vira na Avenida pela Rua do Menino acima e volta à Igreja.
    A "Visita Pascal" sempre sem horas marcadas prende-nos em casa à espera da Cruz.
    Come-se e bebe-se demais.
    Cá esperei o Padre Basílio, que não se fez representar por um qualquer acólito, como acontece em muitas casas para desgosto dos paroquianos mais "exigentes", pois acham que deve ser o Pároco a dar a volta aos Lares dos paroquianos.
    Lembras-te do Padre José Maria Lacerda que durante muitos anos não tinha "ajudantes" e dava a volta á Vila em 2 dias ?
    Mantém-se a tradição dos 2 dias ( Domingo e Segunda-Feira ) mas agora com 2 cruzes simultâneamente.
    Faltam os foguetes como no Norte, mas a festa faz-se na mesma.

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