sexta-feira, 5 de março de 2010

Eleições internas no PSD ...

Debate entre Paulo Rangel e Aguiar Branco



Mais um debate fraquinho em que Paulo Rangel não consegue impor-se.

Não parece o eurodeputado vencedor, que conhecemos há meses !

Aguiar Branco e Paulo Rangel revelaram divergências no segundo debate da SIC Notícias sobre a liderança do PSD. "Sempre tivemos uma visão diferente sobre o partido", esclareceu Rangel, sublinhando que a sua visão é de "ruptura".
No debate, Aguiar-Branco e Paulo Rangel começaram por discutir o timing da apresentação da candidatura do eurodeputado, com o líder da bancada laranja a acusar Rangel de ter quebrado um compromisso. Este respondeu que existe em Aguiar Branco e Passos Coelho um sentimento contrário à participação de militantes recentes na vida do partido, acusação que Aguiar-Branco considerou um «discurso de Calimero».

Aguiar-Branco desvaloriza "propostas de ruptura" de Rangel e lembrou a sua maior experiência de vida e a militância de 30 anos no PSD, em contraponto com a militância social-democrata de apenas quatro anos de Paulo Rangel. Deixou um sério aviso: Portugal vai passar por momentos duros, e tensão social, para cumprir as exigências do défice e do programa de estabilidade e acrescentou ainda que o país está cansado da crispação política causada pelo governação socialista.
Quanto à proposta de Rangel de dar aos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) o estatuto de secretários de Estado e de estes integrarem um Ministério do Planeamento, Aguiar Branco disse que essa nem sequer é de "ruptura com as políticas socialistas" porque "é o regresso ao guterrismo".
Invocou a sua experiência política e de vida, e a capacidade de estabelecer consensos, como características que o distinguem, e referiu-se ao facto de Rangel ser militante do PSD há pouco tempo, mas acrescentou "se os militantes acharem que está na hora de dar a presidência do partido a um militante recente de quatro anos como é o Paulo Rangel com certeza que temos de respeitar a vontade dos militantes".
Admitiu apresentar uma moção de censura ao Governo se o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) for contrário ao interesse nacional, posição não subscrita por Paulo Rangel

Paulo Rangel garantiu que não abandonará a corrida eleitoral e considerou que as candidaturas de Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho têm muitos pontos em comum.
Voltou a falar de ruptura e prioridades e disse que o país precisa de libertar-se do peso do endividamento. Defendeu ainda maior mobilidade social e colou a candidatura de Aguiar Branco à de Pedro Passos Coelho.
Contestou que a sua candidatura esteja a disputar o mesmo eleitorado interno que Aguiar Branco, favorecendo Passos Coelho: "A candidatura do Zé Pedro está mais próxima da do Passos Coelho do que a minha das duas. Essas duas é que talvez tivessem de se conciliar".
Disse que Aguiar Branco estava com "larachas" tiradas do discurso de Pedro Passos Coelho.
Queixou-se de ter ouvido também Passos Coelho "constantemente invocar o facto de ser militante há 30 anos", acrescentando: "A sensação com que eu fico quando se diz isto é que há certo desconforto com a minha candidatura".
Enunciou depois o seu currículo no partido: deputado, líder parlamentar e eurodeputado, acusando Aguiar Branco de ter estado contra a sua indicação de cabeça-de-lista às europeias, eleição ganha pelo PSD.
A propósito das eventuais consequências da comissão de inquérito parlamentar à compra da TVI, Rangel disse ver "mais uma semelhança entre Pedro Passos Coelho e o Zé Pedro Aguiar Branco".
Disse que não antecipa cenários relativamente ao PEC, como em relação à comissão de inquérito à compra da TVI.
Acusou, mais uma vez, Aguiar Branco de se colar às propostas de Passos Coelho, pois ambos põem em causa a continuidade do Procurador-Geral da República, algo de que o eurodeputado se demarca.

Falta agora o Debate entre Passos Coelho e Aguiar Branco que se realizará também na SIC na Sexta-feira dia 12 pelas 21h00.

Os sociais-democratas reúnem-se num congresso extraordinário, entre 13 e 14 de Março, para depois elegerem o sucessor de Manuela Ferreira, nas directas marcadas para 26 de Março.

Aguardemos o desfecho.

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