Sem pretenções, que não seja apenas o estar atento a temas da actualidade.
Que seja um espaço sobre o nosso quotidiano e a salutar discussão com respeito das diversas opiniões.
Realizou-se no passado Domingo, dia 28, a Assembleia Geral Ordinária para Discussão e Aprovação de Contas referentes ao exercício de 2009, segundo a Convocatória.
Foi uma viagem infrutífera, pois afinal não havia Contas para discutir nem aprovar. A convocatória, segundo o Presidente da Mesa da Asembleia Geral, teve apenas o intuito de dar cumprimento ao disposto na Lei. Duvido que a convocatória seja suficiente para esse cumprimento legal, pois não há Contas apresentadas e portanto não aprovadas ou rejeitadas. A não comparência do Técnico Oficial de Contas, não nos permitiu sequer conhecer a situação Contabilística da nossa Adega. Concluí que nem passagem de Contas houve !!! Serviu a Assembleia para os actuais Orgãos Sociais exporem um pouco a situação em que os anteriores corpos sociais deixaram a Cooperativa e as diligências que têm feito para ultrapassar a situação. Passou-se já mais de um ano desde o "fecho" da Cooperativa e não vejo solução á vista. Pena que uma instituição que foi uma referência, durante décadas, se encontre na presente situação e que não se responsabilize ninguém.
Com resultados quase finais (apenas 30 secções por apurar), o Conselho de Jurisdição do PSD anunciou cerca da 01:00 que Pedro Passos Coelho com 27010 votos tinha vencido as eleições diretas do partido com 61,06 % dos votos. Paulo Rangel, o segundo candidato mais votado, contou com o voto de 15248 militantes (34,47%), José Pedro Aguiar Branco recolheu 1598 votos, traduzidos em 3,61 %, enquanto Castanheira Barros contabilizou 103 votos (0,23 %).
A vitória de Pedro Passos Coelho verificou-se em todas as distritais e na Região Autónoma dos Açores, tendo a Madeira sido a única exceção: aqui ganhou Paulo Rangel, o candidato apoiado pelo líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim.
Afinal mais uma vez as "Sondagens" erraram !!! Nenhuma delas lhe dava uma tão expressiva vitória. A da Católica falhou redondamente mais uma vez. Mesmo a do SOL/PITAGÓRICA ficou muito aquém dos resultados. Esta previa : Passos Coelho : 49% Paulo Rangel : 39% Aguiar-Branco : 5% Castanheira Barros : 0,3%
Mais uma vez se provou que as sondagens valem o que valem.
Ausente em Bruxelas na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da União Europeia, José Sócrates foi substituído no Parlamento pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos que viu, Plano de Estabilidade e Crescimento aprovado com os votos dos deputados socialistas.
O projecto de resolução do PS de apoio ao Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) foi aprovado, no Parlamento, com a abstenção do PSD, os votos favoráveis dos socialistas e a oposição das restantes forças políticas. Falta agora, aprovar cada proposta, para que as medidas em causa se tornem lei. Neste sentido, os ministros da Presidência e das Finanças disseram que um recuo do próximo líder do PSD seria “um péssimo sinal”.
É já amanhã que conheceremos o futuro líder do PSD. Quase certo de que sairá vencedor um dos candidatos que hoje afirmaram que votariam contra. Falta saber se será Paulo Rangel ou Passos Coelho, pois Aguiar-Branco parece estar muito distante da vitória. Será que o futuro líder do partido vai ser coerente e manterá as "promessas" feitas em campanha ?? Em política o que era ontem pode não o ser amanhã !!! Veja-se o que disse Sócrates em campanha eleitoral e chegado de novo ao governo se prepara para aumentos da carga fiscal dos contribuintes. Curiosamente com a cumplicidade do actual PSD.
O duelo Rangel/Aguiar-Branco e o passeio de Passos Coelho Por Pedro Guerreiro no SOL O único debate televisivo a quatro antes das directas de sexta-feira no PSD ficou marcado pelo duelo acesso e pessoal entre Paulo Rangel e Aguiar-Branco, que deixou campo aberto para Passos Coelho dizer o que vai fazer «quando for primeiro-ministro». E ainda houve Castanheira Barros José Pedro Aguiar-Branco, Paulo Rangel, Pedro Passos Coelho e Castanheira Barros encontraram-se na RTP esta segunda-feira para o único debate a quatro sobre a liderança social-democrata, mas foram os dois primeiros candidatos que protagonizaram um verdadeiro duelo. Tudo porque o actual líder parlamentar do PSD sugeriu que Rangel esteve na origem do incidente levantado pelo conselho de jurisdição nacional do partido, que denunciou irregularidades nas assinaturas apresentadas pela candidatura de Aguiar-Branco. O candidato apresentou um dossiê com todas as assinaturas regularizadas ao eurodeputado, que por sua vez acusou Aguiar-Branco de «fazer um número mediático». «Esta atitude mostra claramente que há pessoas que não têm atitudes de quem quer serprimeiro-ministro», afirmou Rangel. «Tu estás a mentir», atirou a Aguiar-Branco, negando qualquer relação com a decisão do conselho de jurisdição em verificar as assinaturas do líder da bancada do PSD. O momento inicial do debate era marcado por um diálogo crispado entre dois antigos aliados políticos que a corrida à liderança do partido afasta irremediavelmente. Com Rangel e Aguiar-Branco a pontuarem todo o debate com críticas entre si - o primeiro especialmente nervoso -, Pedro Passos Coelho encontrou pouca oposição ao longo de 50 minutos. Apenas quando o tema tocou a justiça ficou patente o afastamento de posições entre os dois primeiros e o antigo líder da 'jota' laranja, com Passos a voltar a defender a substituição do procurador-geral da República, Pinto Monteiro, devido à gestão do dossiê Face Oculta. Rangel e Aguiar-Branco convergiram então para dizer que o afastamento do PGR serve para «desviar atenções» no apuramento da responsabilidade do primeiro-ministro José Sócrates no negócio PT/TVI. «Está claramente a dar uma ajuda e a colar-se ao PS e a Sócrates», sublinhou o eurodeputado. «Como pode dizer sem se rir que pedir a substituição do procurador-geral da República é ajudar o primeiro-ministro? O Paulo Rangel está convencido que o meu objectivo éajudar PS?», questionou Passos. Aguiar-Branco, que acusou Pinto-Monteiro de «confundir mais do que esclarecer» no decurso do caso Face Oculta, pedindo a sua presença na comissão de inquérito, sublinhou contudo «o princípio sagrado da separação de poderes» para não subscrever a proposta de Passos Coelho. «A separação de poderes é com os tribunais, não é com o Ministério Público», respondeu Passos, que apontou o facto do PGR ser nomeado pelo Governo e do MP ser um órgão «autónomo», e não independente. Neste ponto, o 'quarto candidato' Castanheira Barros sugeriu que o PGR deveria ser nomeado pelos próprios magistrados. Os quatro candidatos concordaram quanto à retirada de consequências políticas da comissão de inquérito parlamentar ao caso PT/TVI, sendo Rangel o candidato que mais resistiu à sugestão de uma moção de censura. O eurodeputado não quer «antecipar» as conclusões do inquérito nemcair na «armadilha» do PS - a de «provocar a queda do Governo de formaprecipitada». No PEC, foi Aguiar-Branco a ficar isolado na oposição ao chumbo do documento no Parlamento, considerando que a sua votação é uma «moção de confiança encapotada». «Eu sou pela abstenção porque eu não contribuo para que se faça essa moção de confiança encapotada e para que nós proporcionemos uma crise artificial», disse o líder parlamentar do PSD, acusando o PS de querer responsabilizar a oposição pela crise financeira e política. Passos, Rangel e Castanheira Barros defenderam o voto contra o documento na sua actual forma. Aguiar-Branco e Rangel voltariam a unir-se contra Passos para instar o candidato a declarar com «entusiasmo» e sem «timidez» o seu apoio a uma recandidatura de Cavaco Silva. Passos acedeu, mas sem entusiasmo: «É o candidato natural». E Castanheira Barros voltava a aparecer... após o debate, para declarar aos jornalistas que não teve oportunidade de usar o seu «trunfo»: se for eleito líder do PSD, não será candidato a primeiro-ministro. Esse é Marcelo Rebelo de Sousa. in SOL
Candidatos a líder divergem sobre demissão do PGR
Paulo Rangel e Aguiar-Branco estiveram hoje juntos na contestação à demissão do procurador geral da República, Pinto Monteiro, defendida por PedroPassos Coelho. Este insistiu na sua posição, perguntando se "não é o poder político que nomeia o senhor procuradorgeral da República ?".
Faltam poucos dias para se conhecer quem vai tomar as rédeas do PSD e certamente não terá tarefa fácil para poder levar o Partido a ser uma verdadeira alternativa ao PS de José Sócrates.
O PSD, mesmo com a "lei da rolha", não será de fácil pacificação.
Esta manhã ao ouvir, na rádio, que o meu amigo Lemos Damiãoestava presente no apoio a um dos candidatos à liderança do PSD, lembrei-me de alguns interessantes episódios políticos que aqui transcrevo.
08 Jan 98 Tomada de posse agitada Lemos Damião, vereador da Câmara Municipal da Meda,eleito pelo PPM,iniciou o mandato acusando o presidente da Assembleia Municipal de cometer a «ilegalidade» de subordinar aquele órgão à autarquia. Em causa está o facto do discurso de João Mourato, presidente reeleito,ter encerrado os trabalhos da Assembleia Municipal, onde decorreu a cerimónia de tomada de posse dos novos autarcas. O protesto de Damião surgiu depois de lhe ter sido negada a palavra, depois de saber que João Mourato iria discursar. A avaliar pela cerimónia de tomada de posse dos órgãos autárquicos para o concelho da Meda, João Mourato, presidente reeleito pelo Partido Social Democrata, deverá enfrentar oposição, tanto no executivo como na população. À medida que decorria a sessão e os autarcas tomavam posse, a assistência ia proferindo alguns comentários dirigidos aos elementos eleitos pelo PSD. E porque as observações se tornaram constantes o presidente da Assembleia Municipal, Jorge Saraiva, foi obrigado a pedir que não se fizessem «comentários jocosos» enquanto os eleitos tomavam posse. Ainda assim os ânimos só se agitaram, quando Lemos Damião exigiu que também ele pudesse falar já que o presidente da Câmara iria discursar. João Mourato pediu então à mesa para que esta tomasse uma decisão, uma vez que ele não iria prescindir da sua alocução, feita enquanto representante da Câmara na Assembleia. Invocando o regimento da Assembleia Municipal, o presidente daquele órgão justificou que só os presidentes e representantes partidários teriam direito a falar. Mas Lemos Damião não desistiu e quando Jorge Saraiva se preparava para dar como encerrada a sessão, o vereador, já entre a assistência, pediu a palavra na qualidade de membro do público. Contrariando a norma das Assembleias Municipais - que impede o público de se manifestar - e sem dar quaisquer explicações, Jorge Saraiva não se opôs à intenção de Lemos Damião. Numa curta intervenção, o vereador monárquico considerou «paradoxal» o facto dos trabalhos da assembleia serem encerrados pelo presidente da câmara, «um subalterno da Assembleia». E deixou um aviso: «Eu quero que os organismos assumam as responsabilidades e ninguém pode invadir o território dos outros». A sessão terminou com uma grande salva de palmas ao discurso de Lemos Damião. Terras da Beira - 08/01/98 - Politica
A “merda” na III República Mário Tomé (UDP) tinha terminado um discurso atacando Eanes (então PR) por este não “correr com a AD do poder”. A honra do Executivo foi defendida por Lemos Damião(PSD). Data: 06 JAN 83 Presidente (Leonardo Ribeiro de Almeida, PSD): Para um protesto, tem a palavra o Sr. Deputado Lemos Damião. Lemos Damião (PSD): - O meu protesto é no sentido de, em primeiro lugar, pedir ao Sr. Deputado Manuel Alegre para que, com o seu talento, se possível, nos seus momentos de ócio, de boa disposição, faça uns versinhos ao Sr. Deputado Tomé, porque ele, simbolizando, ao fim e ao cabo, o povo, requer uns versos que todos nós, com certo gáudio, poderíamos aceitar de V. Ex.ª. É pena que o Sr. Deputado Mário Tomé, em vez de se chamar Tomé, não tenha outro nome. Se se chamasse Lacerda, eu, que não tenho jeito, certamente teria facilidade em lhe fazer uns versos... Mário Tomé (UDP): - Se é para o mandar à merda, eu mando-o! (…) Manuel Alegre (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado? Manuel Alegre (PS): - Sr. Presidente, é para, muito rapidamente, dizer ao Sr. Deputado Lemos Damião que eu não tenho vocação para o tipo de rima que me sugeriu, pelo que a deixo ao seu talento poético. Aplausos do PS.(…) Mário Tomé (UDP): - Queria apenas lamentar que o PSD, a AD ou aquilo que dela resta ponham nas mãos do Sr. Deputado Lemos Damião a defesa da «honra do convento». De facto, nem sei o que hei-de responder... E pronto, é tudo. Esta é toda a "merda" que consta nos Diários da Assembleia da República dos últimos 30 anos.
Terras da Beira 05-12-2002 Lemos Damião, vereador do PS na Câmara da Meda «A certa altura vi que o objectivo que ele [Germano Mourato] tinha era silenciar-me.» Na semana passada, o vereador socialista Lemos Damião foi o protagonista de uma pequena “revolução” na Câmara da Mêda, ao pedir a demissão do cargo de presidente do Conselho de Administração da empresa de equipamentos municipais “Nova Mêda” e renunciando também aos pelouros da Cultura, Desporto e Turismo, que lhe tinham sido atribuídos há nove meses. O TB foi ouvir Lemos Damião para tentar saber os motivos que estiveram por trás de tal decisão.
Embora discordando muitas vezes das suas posições e atitudes políticas, fica aqui expressa a minha amizade de muitos anos. A amizade é superior ás divergências políticas. Aquele abraço, rapaz.
P.S. Até no clubismo divergimos, mas hoje és tu que estás de Parabéns. Ruben Amorin com a ajuda de Nuno (um frango enorme do guarda-redes do FC Porto!), inaugurou o marcador, depois Carlos Martins fez o 2-0, antes do apito para o intervalo. E, já no tempo de compensação, Cardozo fez o 3-0 final.
MÊDA ....... PORTO Dividido entre a terra que me viu nascer e a cidade adoptiva que me viu crescer. São duas realidades diferentes mas para mim complementares. Mêda : Sem muitos anos de residência efectiva na minha terra berço, não é por isso que a esqueço. Na juventude as férias aí passadas, cimentavam as amizades. Muitas delas ainda permanecem.
Ao Porto devo o crescimento e a maturidade. Criei profundass raízes e não menos amizades.
Um pequeno passeio pelas suas margens.
Porto Sentido Rui Veloso Composição: Carlos Tê / Rui Veloso
Quem vem e atravessa o rio Junto à serra do Pilar vê um velho casario que se estende ate ao mar Quem te vê ao vir da ponte és cascata, são-joanina dirigida sobre um monte no meio da neblina. Por ruelas e calçadas da Ribeira até à Foz por pedras sujas e gastas e lampiões tristes e sós. E esse teu ar grave e sério dum rosto e cantaria que nos oculta o mistério dessa luz bela e sombria [refrão] Ver-te assim abandonada nesse timbre pardacento nesse teu jeito fechado de quem mói um sentimento E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa rever-te nessa altivez de milhafre ferido na asa
Não que se esperassse muito do FCP, mas seguramente ninguém estaria à espera de tamanha humilhação. Que não passasse a eliminatória, mas que tivesse saído com honra. Já não me lembro de um FCP tão fraquinho como este ano. Há muito que oiço os "peritos" dizerem que este treinador não serve os interesses do FCP e que apenas conseguiu vencer os campeonatos porque encontrou uma "equipe feita" e porque os adversários não foram competitivos nos últimos anos. Afinal o ditado "que qualquer treinador no FCP se sujeita a ser campeão", este ano deverá ser desmentido. Não parece que consiga ultrapassar o Braga e muito menos o Benfica. Hoje diziam-me as más línguas ... "não sabes que ele é benfiquista ?!" Eu não direi tanto, mas que o Pinto da Costa anda a dormir ou muito ocupado com os seus "affaires", digo.
Mais um debate fraquinho em que Paulo Rangel não consegue impor-se.
Não parece o eurodeputado vencedor, que conhecemos há meses !
Aguiar Branco e Paulo Rangel revelaram divergências no segundo debate da SIC Notícias sobre a liderança do PSD. "Sempre tivemos uma visão diferente sobre o partido", esclareceu Rangel, sublinhando que a sua visão é de "ruptura". No debate, Aguiar-Branco e Paulo Rangel começaram por discutir o timing da apresentação da candidatura do eurodeputado, com o líder da bancada laranja a acusar Rangel de ter quebrado um compromisso. Este respondeu que existe em Aguiar Branco e Passos Coelho um sentimento contrário à participação de militantes recentes na vida do partido, acusação que Aguiar-Branco considerou um «discurso de Calimero».
Aguiar-Branco desvaloriza "propostas de ruptura" de Rangel e lembrou a sua maior experiência de vida e a militância de 30 anos no PSD, em contraponto com a militância social-democrata de apenas quatro anos de Paulo Rangel. Deixou um sério aviso: Portugal vai passar por momentos duros, e tensão social, para cumprir as exigências do défice e do programa de estabilidade e acrescentou ainda que o país está cansado da crispação política causada pelo governação socialista. Quanto à proposta de Rangel de dar aos presidentes das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) o estatuto de secretários de Estado e de estes integrarem um Ministério do Planeamento, Aguiar Branco disse que essa nem sequer é de "ruptura com as políticas socialistas" porque "é o regresso ao guterrismo". Invocou a sua experiência política e de vida, e a capacidade de estabelecer consensos, como características que o distinguem, e referiu-se ao facto de Rangel ser militante do PSD há pouco tempo, mas acrescentou "se os militantes acharem que está na hora de dar a presidência do partido a um militante recente de quatro anos como é o Paulo Rangel com certeza que temos de respeitar a vontade dos militantes". Admitiu apresentar uma moção de censura ao Governo se o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) for contrário ao interesse nacional, posição não subscrita por Paulo Rangel
Paulo Rangel garantiu que não abandonará a corrida eleitoral e considerou que as candidaturas de Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho têm muitos pontos em comum. Voltou a falar de ruptura e prioridades e disse que o país precisa de libertar-se do peso do endividamento. Defendeu ainda maior mobilidade social e colou a candidatura de Aguiar Branco à de Pedro Passos Coelho. Contestou que a sua candidatura esteja a disputar o mesmo eleitorado interno que Aguiar Branco, favorecendo Passos Coelho: "A candidatura do Zé Pedro está mais próxima da do Passos Coelho do que a minha das duas. Essas duas é que talvez tivessem de se conciliar". Disse que Aguiar Branco estava com "larachas" tiradas do discurso de Pedro Passos Coelho. Queixou-se de ter ouvido também Passos Coelho "constantemente invocar o facto de ser militante há 30anos", acrescentando: "A sensação com que eu fico quando se diz isto é que há certo desconforto com a minha candidatura". Enunciou depois o seu currículo no partido: deputado, líder parlamentar e eurodeputado, acusando Aguiar Branco de ter estado contra a sua indicação de cabeça-de-lista às europeias, eleição ganha pelo PSD. A propósito das eventuais consequências da comissão de inquérito parlamentar à compra da TVI, Rangel disse ver "mais uma semelhança entre Pedro Passos Coelho e o Zé Pedro Aguiar Branco". Disse que não antecipa cenários relativamente ao PEC, como em relação à comissão de inquérito à compra da TVI. Acusou, mais uma vez, Aguiar Branco de se colar às propostas de Passos Coelho, pois ambos põem em causa a continuidade do Procurador-Geral da República, algo de que o eurodeputado se demarca.
Falta agora o Debate entre Passos Coelho e Aguiar Branco que se realizará também na SIC na Sexta-feira dia 12 pelas 21h00.
Os sociais-democratas reúnem-se num congresso extraordinário, entre 13 e 14 de Março, para depois elegerem o sucessor de Manuela Ferreira, nas directas marcadas para 26 de Março.
Debate morno em que me pareceu que Passos Coelho marcou pontos.
Os dois candidatos traçaram fronteiras entre si.
Foi sobre as consequências da comissão de inquérito ao negócio da TVI que os dois revelaram uma divergência significativa. Enquanto Paulo Rangel recusou «falar de um assunto sem que esteestejaterminado», Passos Coelho declarou que o governo deve cair caso não consiga esclarecer o caso.
«Se o Governo não ultrapassar esta situação eu acho que deve ser devolvida aos portugueses a palavra para escolher o Governo que deve ter».
«O PSD só pode ganhar as eleições se conseguir dizer às pessoas o que o país tem que fazer», declarou Passos Coelho, que identificou Rangel com a direcção cessante. «Se o PS está no Governo deve-se a incompetência do PSD», disse.
Rangel acusou Passos Coelho de alinhar com o governo, citando o exemplo das críticas feitas à alteração da Lei das Finanças Regionais.
Paulo Rangel defendeu a aposta na escola pública como o local «onde as classes mais desfavorecidaspodem melhorar» a sua situação, demarcando-se das propostas de Passos Coelho de liberalização do ensino.
Quanto à crise, o eurodeputado sugeriu a redução das contribuições para a segurança social das empresas e o desvio de 85% dos fundos destinados ao TGV para projectos de reforço tecnológico e de auxílio à exportação.
Passos Coelho quer reduzir a despesa pública através da contenção salarial na Administração Pública e o fim de um Estado «árbitro e jogador», referindo-se à regulação das empresas públicas.
O debate terminou com uma troca de palavras mais acesa entre os dois candidatos. Depois de Rangel declarar que abandonará o seu lugar de eurodeputado caso vença as directas, Passos Coelho ironizou que era essa a «ruptura» proposta pelo adversário, a de «faltar a um compromisso eleitoral».