" As mãos
Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.
E cravam-se no Tempo como farpas
E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.
De mãos é cada flor cada cidade.
De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade. "
Manuel Alegre, O Canto e as Armas, 1967
Lá volto eu ás recordações dos fins dos anos 60 !
Tempos em que , clandestinamente, se ouviam os poemas do Manel Alegre.
Cantavam-nos o Adriando Correia de Oliveira e o Zeca Afonso.
Nas tertúlias, com alguns amigos e camaradas de armas, ouviam-se as canções dos nossos ídolos revolucionários.
Era a “primavera Marcelista” !
Punha-se, em surdina, a Guerra Colonial em causa.
Germinava a revolta dentro dos quartéis, com os relatos dos “combatentes”.
As eleições de 1969, foram mais uma fraude do regime.
Votei pela primeira vez !
O contributo dos Oficiais Milicianos, nas discussões políticas, ia dar frutos.
O falhado o “Golpe das Caldas” em 16 de Março, serviu de ensaio.
Triunfou o 25 de Abril de 1974 !
Punha-se, em surdina, a Guerra Colonial em causa.
Germinava a revolta dentro dos quartéis, com os relatos dos “combatentes”.
As eleições de 1969, foram mais uma fraude do regime.
Votei pela primeira vez !
O contributo dos Oficiais Milicianos, nas discussões políticas, ia dar frutos.
O falhado o “Golpe das Caldas” em 16 de Março, serviu de ensaio.
Triunfou o 25 de Abril de 1974 !
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