sexta-feira, 27 de julho de 2012

Carta Aberta ... de um Votante do CDS


ESTOU FARTO, SR. PRIMEIRO-MINISTRO


Sr. Primeiro-Ministro,

V. Exª não me conhece.
1 - Sou trabalhador do Estado, a minha esposa é enfermeira, tenho 2 filhos pequenos, não sou rico, vivo do meu vencimento (consecutivamente cortado de mil e uma maneiras) com o qual pago a prestação de uma casa simples (até aos 70 anos de idade), com imenso esforço, a prestação da minha viatura comprada em "leasing" a 10 anos, porque o dinheiro não dá para mais - na esperança de o poder pagar mais cedo - (para me poder deslocar para o trabalho que sempre foi longe de casa).

Não tenho bens patrimoniais nem heranças.

Procuro ser honesto, correcto, honrar os meus compromissos, de acordo com os meus valores ético-morais que adoptei, não só dos meus pais como também da Instituição que sirvo: os valores da honra, da dignidade.

2 -
Dirijo-me a V. Exª na minha condição de cidadão português e de eleitor.

Após os descalabros sucessivos dos anteriores governos, acreditei em si, V. Exª inspirava-me confiança, parecia uma lufada de ar fresco neste terreno pantanoso em que se transformou o Portugal político-partidário.

Votei no seu colega de coligação no CDS, pois tinha a percepção de que os partidos políticos não teriam maturidade para terem maiorias (de acordo com o corrido no passado quer com o PSD, quer com o PS).

Sinto-me profundamente enganado, quer pelo Sr. Primeiro-Ministro, quer pelo Sr. Paulo Portas.

Explico porquê!

3 - Tenho 50 anos de idade, filhos para criar e já não tenho idade para ser enganado.

V. Exª mentiu-me (e eu acreditei), quando antes da campanha eleitoral garantiu, numa escola, que retirar os subsídios de férias e de Natal era um disparate e mera propaganda do partido adversário.

O Sr. Paulo Portas mentiu-me (e eu acreditei), quando foi fazer campanha eleitoral para um bomba de gasolina na fronteira com Espanha, dizendo que o que se passava em Portugal em matéria de preços dos combustíveis era um escândalo, e que resolveria o problema mal chegasse ao governo.

V. Exª disse que os sacrifícios seriam iguais para todos, que lutaria por justiça e equidade (e eu acreditei). Disse que a honestidade, a correcção, os valores pátrios, ético-morais, seriam um paradigma do seu futuro governo (e eu acreditei).

V. Exª prometeu transparência (e eu acreditei), veja-se o caso Miguel Relvas, o caso Ana Moura, por exemplo.

Fui enganado, sinto-me enganado e a réstia de esperança que tinha em muito poucos políticos desapareceu.

O aforismo popular de que "são todos iguais" deixou de ser mera conjectura subjectiva: tornou-se um facto de difícil discussão.

4 – Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me falem de sacrifícios, de equidade, quando o Sr. Ministro da Solidariedade Social trocou uma vespa por um bólide caríssimo, no qual afronta a pobreza em que estamos.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, quando tenho um incentivo fiscal de 250€ para 2013, e para o ter tenho de gastar mais do que o meu vencimento, sendo tratado não como um cidadão mas como um mentecapto.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me fale de transparência, quando o seu braço direito, o Sr. Relvas, teve o caso que teve com o jornal Público, foi denunciado publicamente num canal de TV por Helena Roseta de a ter aliciado para favorecer uma empresa onde na altura V. Exª era o responsável, tem um curso que envergonha o país (apesar de legal, segundo dizem), e mentiu no caso das secretas no parlamento, segundo referem os "media".

V. Exª é conivente, ao manter a confiança política num político que não inspira confiança.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me falem de igualdade, de equidade, de justiça, quando a classe política não dá o exemplo de austeridade ao povo, aliás, contrariamente, faz o oposto, em carros de luxo, menus de luxo a preço de cantina na Assembleia da República, aumentos encapotados sob a forma de ajudas de custo e / ou despesas de representação.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me mintam.

Há tempos o Sr. Ministro da Administração Interna referiu, pelo menos por duas vezes, que era preciso dizer ao povo que o plano da troika não visava o crescimento mas apenas a correcção da despesa. No entanto, o discurso inverso, de que este caminho de austeridade louca visa o crescimento, continua a ser injectado por V. Exª.

Estou farto, Sr Primeiro-Ministro, de maus exemplos por parte de quem deveria dar bons exemplos. Refiro-me em concreto às duas principais figuras do Estado português (a 2ª figura foi escolhida por V. Exª), que exercendo cargos de alta responsabilidade dispensaram os respectivos ordenados para auferirem chorudas reformas (mais de 7 mil euros por 10 anos de trabalho, a Srª Assunção Esteves).

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me digam que tudo isto é dentro da Lei (que os senhores elaboram ao longo dos anos, para que possam fazer o que bem entendem).

Estou farto, Sr. Primeiro-ministro, dos ordenados escandalosos dos gestores públicos, enquanto V. Exª vai cortando o pouco que cada português da classe média, e por aí abaixo, auferem ao fim do mês.

Estou farto Sr. Primeiro-Ministro de ver inúmeros "especialistas" no governo de V. Exª, na casa dos 20 anos, a auferirem ordenados equivalentes, por exemplo, a um General em fim de carreira.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que alterem as leis de acordo com os vossos interesses (refiro-me ao subsídio de férias e de Natal), quando ao que consta tal nem sequer foi imposto pela troika, e estava estatuído desde o tempo de Sá Carneiro (que falta fazem homens da sua fibra) que esses subsídios são inalienáveis e impenhoráveis.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, de haver leis para uns e leis para outros conforme as conveniências do momento.

Estou farto, Sr. Primeiro-Ministro, que me digam que tudo isto é inevitável pois sabe melhor que eu que não é.

O Sr. Miguel Cadilhe sugeriu há dias que se taxasse 4% sobre a riqueza líquida, numa única vez para amortizar a dívida pública.
Porque não o faz V. EXª? De quem tem medo? Porque insiste em massacrar o povo português quando tem esta hipótese? Ou será que o Sr. Miguel Cadilhe alucinou (não acredito)?

5 – Da minha parte, e embora tenha votado no projecto comum PSD / CDS, não me revejo nesta teimosia de, alucinadamente, ir atrás de um número para o défice, nem que para isso o país morra de fome.

Como cidadão e eleitor, não votei nos senhores para fazerem isto, mas sim para fazerem o que prometeram.

Uma vez que me sinto enganado, não reconheço legitimidade democrática a este governo, pois quem o elegeu, fê-lo partindo dos pressupostos prometidos na campanha eleitoral, e não no tratamento desigual que estão a ter para com os cidadãos.

6 - É simplesmente execrável: Que haja cidadãos de 1ª e cidadãos de 2ª;

Que a uns tenha sido cortado o vencimento e a outros não;

Que a uns tenham sido cortados os subsídios de férias e de Natal e a outros não;

Que uns tenham um determinado tratamento e haja regime de excepção para outros;

Que as classes mais favorecidas sejam poupadas em detrimento dos menos favorecidos;

Que eu tenha de andar a pagar os desmandos das entidades bancárias;

Que estas entidades não contribuam para o esforço nacional;

Que se mantenham inúmeros Institutos, quando foi prometido acabar com a maioria deles, observatórios, e outras instituições redundantes que por aí abundam.

É preciso coragem para servir o povo!

Estou farto Sr. Primeiro-ministro!

José Lucas
BI 7849415

sábado, 14 de julho de 2012

Ao "povo" ....

Chegou-me este texto que pedem reencaminhe e assim o transcrevo  ....


Caros Amigos,

Cá vai um importante contributo, para que o Ministro das Finanças
não continue a fazer de nós parvos, dizendo com ar sonso que não
sabe em que mais cortar.
Acabou o recreio !!!!!!!!!!!!!!! Este texto vai circular hoje e será lido
por milhares de pessoas. A guerra contra a chulisse, está a começar.
Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos
têm andado a fazer, do porquê de chegarao ponto de ter de cortar na 
comida dos filhos!
Estamos de olhos bem abertos e
dispostos a fazer -quase-tudo, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' [a saber, os que se governam...] de
Portugal falam em cortes de despesas - mas não dizem quais
- e aumentos de impostos a pagar.
 Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos,
assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, etc.)
dos três ex-Presidentes da República.
2. Redução do número de deputados da Assembleia da República
para 80, profissionalizando-os como nos países a sério. Reforma
das mordomias na Assembleia da República, como almoços opíparos,
com digestivos e outras libações, tudo à custa do pagode.
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas
que não servem para nada e, têm funcionários e administradores
com 2º e 3ºemprego.
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a

auferir milhares de euro/mês e que não servem para nada, antes,
acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial
respectivo.
5. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas

 porquê?
E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns
têm de cumprir porque não cumprem os outros? e se não são verificados
como podem ser auditados?
6. Redução drástica das Câmaras Municipais e Assembleias

Municipais, numa reconversão mais feroz que a da Reforma do Mouzinho
da Silveira, em 1821.
7. Redução drástica das Juntas de Freguesia. Acabar com o

pagamento de 200 euros por presença de cada pessoa nas reuniões das
Câmaras e 75 euros nas Juntas de Freguesia.
8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver

da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem,
para conseguirem verbas para as suas actividades.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores,

etc, das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares
pelo País;.
10. Acabar com os motoristas particulares 20 h/dia, com o

agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências,
filhos e famílias e até, os filhos das amantes...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do
Estado e entes públicos menores, mas maiores nos dispêndios públicos.
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado.

Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço
particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado
a compras, etc.
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados dos Açores e

Madeira e respectivas estadias em Lisboa em hotéis de cinco estrelas
pagos pelos contribuintes que vivem em tugúrios inabitáveis.
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários
pagos por nós) que nunca está no local de trabalho. Então em Lisboa
é o regabofe total.
HÁ QUADROS (directores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE
ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS
ESCRITÓRIOS DE ADVOGADOS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES,
QUE NÃO NOS DÁ COISA PÚBLICA.
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais

públicos que servem para garantir tachos aos apaniguados do poder
- há hospitais de província com mais administradores que pessoal administrativo.
Só o de PENAFIEL TEM SETE ADMINISTRADORES PRINCIPESCAMENTE
PAGOS... pertencentes ás oligarquias locais do partido no poder.
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos,
pagos sempreaos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis
com o Governo,  no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar,
autuar, julgar e condenar.
17. Acabar com as várias reformas por pessoa, de entre o pessoal
do Estado
e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo Estado.
18. Pedir o pagamento dos milhões dos empréstimos dos

 contribuintes ao BPN e BPP.
19. Perseguir os milhões desviados por Rendeiros, Loureiros
e Quejandos,
onde quer que estejam e por aí fora.
20. Acabar com os salários milionários da RTP e os milhões
que a mesma
recebe todos os anos.
21. Acabar com os lugares de amigos e de partidos na RTP que

custam milhões  ao erário público.
22. Acabar com os ordenados de milionários da TAP, com

milhares de funcionários e empresas fantasmas que cobram milhares e que
pertencem  a quadros do Partido Único (PS + PSD).
23. Assim e desta forma, Sr. Ministro das Finanças,

recuperaremos depressa a nossa posição e sobretudo, a credibilidade
tão abalada pela corrupção que grassa e pelo desvario dos dinheiros do
Estado.
24. Acabar com o regabofe da pantomina das PPP (Parcerias
 Público Privado),
que mais não são do que formas habilidosas de uns poucos patifes
se locupletarem com fortunas à custa dos papalvos dos contribuintes,
fugindo ao controle seja deque organismo independente for e fazendo a
 "obra" pelo preço que "entendem".
25. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito,

perseguindo, confiscando e punindo os biltres que fizeram fortunas e
adquiriram patrimónios de forma indevida e à custa do País, manipulando
e aumentando preços de  empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo
esquemas pretensamente  "legais", sem controlo, e vivendo à tripa forra
à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para
a assistência aos que efectivamente dela precisam;
26. Controlar rigorosamente toda a actividade bancária por forma

a que, daqui a mais uns anitos, não tenhamos que estar, novamente, a pagar
 "outra crise".
27. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune,

 fazendo com que paguem efectivamente pelos seus crimes, adaptando o
nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e
os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida.
28. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores

de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de
adjudicações decididas pelos ditos.
29. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que
ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual
o seu património antes e depois.
30. Pôr os Bancos a pagar impostos.
31. Denunciar as falsas boas vontades de campanhas, seminários

e 'formações' destinadas a caçar subsídios, a subsídiodependência,
em que cada acção é um  modelo novo na frota automóvel.
32. Não papar festivais e golpadas, como 7 maravilhas disto e

daquilo, que engordam muitos à custa dos votos e telefonemas imbecis
para  promover aquilo que não tem excelência e nem qualidade para
ser destacado.
Todas estas manobras promovem 'salazares e alheiras' e afundam
o que realmente tem valor em Portugal...
33. Impedir o 1.º Ministro de cometer graves atropelos à

Constituição, à Lei Geral e Lei do Trabalho, tais como as medidas
catastróficas e mesmo criminosas, mascaradas num falso plano de
austeridadeque vai conduzir Portugal ao abismo.
34. Revogar os prazos de pagamento da dívida ao FMI, BCE

e CE, no sentido de os alargar ao maior prazo possível sem
agravamento dos já altíssimos juros.
35. Tomar medidas urgentes contra as multinacionais, holdings
e bancos, que são os verdadeiros donos do FMI, BCE e CE., e
estão a aguardar agindo nos bastidores, como abutres que espreitam
moribundos, que as empresas entrem em falência para serem
absorvidas a preços ridículos, alastrando uma praga de desemprego e
miséria que é cada vez mais grave.

Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste texto,

através de redes sociais ou de e-mail para todos os contactos. »
POR TODOS NÓS
E
PELOS NOSSOS FILHOS.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Tribunal Constitucional...

Subsídios de Férias e de Natal



O Tribunal Constitucional decide que no próximo ano os "subsídios de Férias e de Natal" devem ser pagos aos funcionários públicos.

Afinal a norma é ou não Constitucional ???
Se é inconstitucional o Estado não tem que devolver quanto retido ?
Existe ou não uma Lei mãe de todas as Leis  ?

Coitado do país que tem tais Legisladores e Juízes !!!


Há muito sabemos que a Lei não é igual para todos, mas decisões destas não abonam a JUSTIÇA.
Coitado do Contribuinte que tem que pagar a tantos que tão pouco ou nada de útil produzem.
Sacrifícios de quem e para quê  ???


Não admira que com tantos Doutores e algumas Licenciaturas feitas aos Domingos e outras em UM ANO as Leis sejam o que são.