“Campeão da deslealdade institucional”. Foi com esta acusação que o ex-ministro do PS, Pedro Silva Pereira, saiu nesta sexta-feira em defesa de José Sócrates, acusado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, de uma "falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia".
“O PR não tem nenhuma espécie de autoridade moral para acusar quem quer que seja de deslealdade institucional”, disse o ex-governante socialista, em declarações nesta manhã à rádio Antena 1.
Em contra-ataque – depois das acusações de Cavaco Silva ao ex-primeiro-ministro, no prefácio do livro de intervenções “Roteiros VI” -, o antigo ministro da Presidência do Conselho de Ministros de José Sócrates teceu duras críticas a Cavaco e acusou o Presidente de terminar com este texto “da pior maneira um ano absolutamente desastroso no exercício da função presidencial, que conduziu, aliás, às mais baixas quotas de popularidade de que há memória”. Pode ler o prefácio do livro na íntegra aqui.
“Eu creio que, neste momento, alguém devia recordar ao senhor Presidente da República (PR) que ele ainda está em funções”, concretizou.
Silva Pereira justificou a acusação de “deslealdade institucional” com o caso da “célebre intriga das escutas” em Belém, que classificou como “uma pura inventona de ataque sórdido ao governo em funções”, referindo-se ao primeiro mandato de José Sócrates.
Já o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, disse esta manhã "estranhar" e "lamentar" que o "Presidente da República tenha escolhido o dia em que faz um ano do primeiro mandato para fazer ajuste de contas com o antigo primeiro-ministro, que é extemporâneo, sem direito ao contraditório". Para Zorrinho este "ajuste de contas" com José Sócrates é feito ao arrepio das preocupações e prioridades dos portugueses.
Questionado sobre o facto de o antigo primeiro-ministro não ter informado o Presidente sobre a apresentação do PEC IV - uma das acusações de Cavaco Silva -, o líder da bancada socialista negou essa ideia. "A informação que temos é que não foi assim. Isso exige contraditório e não deve ser abordado pelo Presidente da República e sim pelo cidadão Cavaco Silva, mas não investido pelos poderes institucionais", afirmou aos jornalistas.
Parece que cada vez que Cavaco Silva fala ou escreve só sai asneira.
Como foi possível estar tão calado durante os 6 anos de governação Sócrates ?!
Quando devia falar, calou-se.
Quando deve estar calado, fala.
Quem é culpado de tudo isto é a "raposa" Mário Soares, senão teríamos uma República Alegre. Sempre tinhamos um poeta a declamar de vez em quando.
Sempre pensei que Cavaco Silva teve sempre o seu projecto pessoal e que apenas soube governar quando chegavam milhões por dia da "morta" União Europeia.
Se analisarmos bem a sua governação, não podemos deixar de concluir que foi o principal "coveiro" deste país.
Só alguns "poucos recomendáveis amigos" puderam usufruir do "desgorverno" e manancial de dinheiros da altura.
Será bom lembrar o "funeral" que fez à agricultura, pescas e indústria.
Depois disso que fez ? Acumular pensões e reformas que, segundo diz, não lhe chegam para fazer face à carestia da vida do dia a dia.
Coitado deste país que tem Presidentes assim.
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