Die Linke
"Merkel é a mulher mais perigosa da Europa"
Económico com Lusa
15/11/11 19:02
O presidente do partido alemão Die Linke, Klaus Ernest, considerou hoje que a chanceler alemã é "a mulher mais perigosa da Europa".
"Neste momento a senhora Merkel é a mulher mais perigosa da Europa", afirmou Klaus Ernest, considerando que a chanceler alemã e o presidente francês estão a submeter a democracia aos "mercados financeiros".
Klaus Ernest falava numa conferência de imprensa após um encontro com o coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, na sede do BE, em Lisboa.
Os dirigentes políticos dos dois países discutiram a crise, para cuja resolução Klaus Ernest defendeu a "separação do financiamento dos Estados do sector da banca privada".
"Discutimos a ideia de um banco público, que se financie directamente junto do BCE e liberte os Estados das altas taxas de juros, que são uma manifestação da especulação", afirmou.
Klaus Ernest disse que "neste momento, discute-se abertamente na Alemanha a saída da Grécia do Euro e até a sua expulsão", tendo sido veiculada a imagem segundo a qual "os gregos são perigosos, reformam-se cedo e trabalham pouco".
"Sobre Portugal ou a Espanha menos, mas a tendência é fundamentalmente a mesma, de que isto é uma crise dos orçamentos estatais, que os países gastaram de mais", acrescentou.
Die Linke tem uma representação de 76 deputados no Parlamento alemão, uma representação de mais de 1%, sendo a quarta força política.
O líder do BE, Francisco Louçã, assinalou a "coincidência forte nos pontos de vista dos dois partidos na defesa do salário, do trabalho, da segurança social, dos serviços públicos".
"Ontem no congresso da CDU, o partido da senhora Merkel, foi abrindo a porta para uma visão autoritária e restritiva da União Europeia a que nos opomos terminantemente", referiu.
Tanto o Bloco de Esquerda como o Die Linke têm vindo a "propor o financiamento ao nível europeu, pelo BCE ou por um banco de investimento criado no âmbito europeu, da capacidade financeira dos estados para romper com a chantagem dos mercados financeiros e poder responder ao risco de recessão tão grave para Portugal e perigosos para o conjunto da Europa", sublinhou Francisco Louçã
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