Outro "embuste" é a ideia de que foi o governo socialista "que obrigou a pedir ajuda externa. Não foi. Foi o chumbo do PEC IV (Plano de Estabilidade e Crescimento) e a crise política", acusou. Os planos anteriores não falharam, garantiu. O PEC IV, garante, teria apoios europeus e Portugal poderia resistir à crise sem pedir ajuda externa como acabou por acontecer com o recurso à 'troika'. E o PEC IV só não passou, disse Sócrates, "porque o PSD não o quis aprovar", porque Lisboa tinha aprovação garantida de Bruxelas numa situação semelhante à que foi aprovada para a Espanha e a Itália.
Sócrates conseguiu fazer o que Seguro não fez em dois anos de liderança. Afrontou o governo e o Presidente da República como nunca se vira e marcou pelo menos para os próximos três anos a agenda politica, até ao fim do mandato de Cavaco.
Resta saber quais os planos de Sócrates. O ataque demolidor a Cavaco na entrevista à RTP pode ter várias leituras.
Sócrates acusa Cavaco de ter sido "um opositor" e um Presidente "nada imparcial".
Ex-primeiro-ministro diz que não aceita ser confrontado com todas as responsabilidades que lhe querem atribuir e faz acusações a Cavaco: "Não lhe reconheço autoridade moral para dar lições de lealdade institucional."
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