quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Carta-aberta ao primeiro-ministro ...

Um conjunto de personalidades entregou hoje uma carta-aberta ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, pedindo a sua demissão e reenviou uma cópia para o Presidente da República, manifestando a sua preocupação pelas consequências da política seguida pelo atual Governo. O documento é assinado por um conjunto de personalidades dos vários quadrantes da sociedade portuguesa. Dos cerca de 70 signatários fazem parte Mário Soares, João Adelino Maltez, Siza Vieira, Eduardo Lourenço e Pilar del Rio. Os signatários da carta garantem que as medidas previstas, quer no programa eleitoral do PSD, quer no Programa de Governo forma excedidas e as consequências têm um forte impacto sobre os portugueses. Afirmam que a "austeridade custe o que custar" está a empobrecer o país e criticam o desmantelamento das funções sociais do Estado, juntamente com a alienação de empresas estratégicas, os cortes nas pensões, nas reformas e nos salários, além do incentivo à emigração e o crescimento do desemprego. A carta subscrita por personalidades de vários quadrantes da sociedade portuguesa diz textualmente: "perdeu-se toda e qualquer esperança". Depois das falhas verificadas em todas as previsões económicas, dizem que o Executivo, munido de "um fanatismo cego" está a fazer "caminhar o país para o abismo". Apelidam o Orçamento do Estado aprovado na segunda-feira de "injusto, socialmente condenável e portador de disposições de constitucionalidade duvidosa". Sublinham que não será cumprido e agravará ainda mais a recessão no próximo ano. Terminam apelando ao primeiro-ministro que "retire as consequências políticas que se impõem, apresentando a demissão ao Senhor Presidente da República, poupando assim o País e os Portugueses ainda a mais graves e imprevisíveis consequências".

1 comentário:

  1. http://www.tvi24.iol.pt/politica/passos-coelho-carta-aberta-mario-soares-governo-tvi24/1397284-4072.html


    Presidente do CNECV assina a carta aberta pedindo a demissão do Primeiro Ministro mas... considera que existe fundamento ético para que o Serviço Nacional de Saúde promova medidas para conter custos com medicamentos

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