segunda-feira, 31 de março de 2014

E mais ...poupanças ...


 
 

Despesas Estado gasta mais em consultoria externa numa semana do que em comida

Em apenas uma semana, o Estado português desembolsou cerca de 3,5 milhões de euros na contratação de consultores externos. Em contrapartida, as despesas com produtos alimentares e refeições fixaram-se em 2,6 milhões de euros, dá conta a edição desta segunda-feira do jornal i.
 
Na última semana, os gastos do Estado em consultoria e assessoria foram superiores em quase 1 milhão de euros às despesas com alimentação.
 
Segundo uma análise levada a cabo pelo jornal i aos contratos de aquisição de bens e serviços publicados no Portal Base, foram despendidos 3,5 milhões de euros na contratação de consultores externos por parte de organismos públicos, e 2,6 milhões em alimentação (produtos alimentares e refeições confecionadas).
E foi um contrato do Banco de Portugal, que pagou 322,2 mil euros por 32 dias de consultoria financeira, o vencedor da despesa mais alta que se registou na semana passada. Este é já o segundo ajuste direto que o banco central celebrou junto da mesma consultora, a Oliver Wyman, no espaço de menos de um ano: em maio de 2013, havia já contratado os seus serviços por 483 mil euros, isto por um período de 98 dias, realça o i.
Refira-se que entre os dias 22 e 28 de março, até às 16h00, foram publicados, em termos globais, 1.675 contratos, perfazendo um montante de 93,6 milhões de euros gastos pelo Estado.
Construtoras (42,5 milhões) e laboratórios farmacêuticos (10,7 milhões) foram, deste bolo, as empresas que, no total amealhado, lideraram o ranking da maior fatia de dinheiro cortada aos cofres públicos no intervalo de tempo em apreço.

Pergunta-se :

Não é altura de o Estado dispensar os seus funcionários "incompetentes" e pagar só a Consultores externos ??
Para que pagamos então duas vezes ??
 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Toca a "poupar".....

 
 

Marques Guedes Ministro contrata serviços jurídicos para 20 dias por 24 mil euros

O ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, terá contratado, para efeito de serviços jurídicos durante um período de 20 dias, a Vieira de Almeida & Associados – Sociedade de Advogados, por 24 mil euros, adianta a edição desta quinta-feira do jornal i.

Em janeiro do ano passado, o então secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Luís Marques Guedes, assinou um despacho que decretava o fim da comissão de serviço de David Duarte “como consultor principal do Centro Jurídico (Cejur)” da Presidência do Conselho de Ministros, “com fundamento em atuação profissional superveniente inconciliável com o exercício das suas funções, atentas a missão e as atribuições do Cejur”, relata a edição de hoje do jornal i.

Ora, após esta demissão, e em vez de recorrer a um dos advogados ou assessores jurídicos da Presidência do Conselho de Ministros, o agora ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares firmou um contrato, para prestação de serviços jurídicos durante 20 dias, com a Vieira de Almeida & Associados – Sociedade de Advogados, por 24 mil euros, avança a mesma publicação.
Ainda segundo o i, pese embora este ajuste direto tenha sido selado em dezembro de 2013, só foi divulgado há sensivelmente uma semana, no Portal Base, justificando o ministro a sua necessidade à luz do seguinte argumento: “Por razões de incompatibilidade, os recursos existentes estão impedidos de intervir nos processos”.
Saliente-se que o contrato visa “o patrocínio forense”, em virtude do “processo cautelar de suspensão de eficácia” e da “ação administrativa especial de anulação”, sendo que em causa está, justamente, o despacho que determinou a demissão de David Duarte, e que foi contestado pelo mesmo num processo que corre no Tribunal Administrativo de Lisboa.
O i faz saber que tentou questionar o gabinete de Marques Guedes sobre esta matéria, bem como David Duarte, não tendo obtido resposta de qualquer das partes.