quinta-feira, 22 de março de 2012

Termas de Longroiva ...


A polémica sobre as Termas de Longroiva está instalada.
Basta ler o comunicado da Junta de Freguesia a reclamar a sua propridade.

Junta de Freguesia de Longroiva

NOTA Á IMPRENSA

A Câmara Municipal de Meda tem desenvolvido uma campanha de intoxicação da opinião pública e desinformação ao não falar a verdade e dando a entender que a Freguesia de Longroiva é contra a construção de um Hotel no local e edifício onde funcionavam as antigas Termas.

Impõe-se, por isso, que a verdade e exactidão dos factos seja apresentada e afirmada, pelo que a Junta de Freguesia de Longroiva vem prestar os esclarecimentos seguintes:

1-A Câmara Municipal de Meda, em 29-12-2011, aprovou em reunião ordinária a alienação do património da Freguesia de Longroiva;

2-Por sua vez, a Assembleia Municipal de Meda, em 02-01-2012, deliberou a alienação do património da Freguesia de Longroiva, tendo na mesma reunião a Junta de Freguesia de Longroiva afirmado que era a favor da construção de um Hotel em Longroiva, mas que não nos moldes pretendidos pelo Município.

3-Como exemplo, a Junta de Freguesia de Longroiva referiu a venda dos terrenos visto que, alguns deles, pertenceriam à Junta de Freguesia e que esta também não concordaria que o mesmo fosse feito relativamente ao edifico antigo das Termas, isto é, não perceberia o porquê de ser construído naquele edifício que é também pertença da Freguesia de Longroiva.

4-A Junta de Freguesia reafirmou que não se encontraria salvaguardada a situação da nascente termal.

5-Mais informou que a Junta de Freguesia teria vários terrenos para ceder para a construção do Hotel num outro local.

6-Solicitou saber também se o investidor teria que investir só com capital próprio, tendo receio que o mesmo pudesse usar os fundos comunitários e, caso não fizesse o Hotel, a Câmara e a Junta ficariam sem nada votado contra, conforme a declaração de voto:
“Na opinião da Junta de Freguesia os artigos duzentos e dezanove e duzentos e vinte são sua propriedade, pois, sempre estiveram sob o seu domínio e posse, para além de a Câmara Municipal de Meda, em Assembleia extraordinária realizada no dia trinta de dezembro de mil novecentos e setenta e sete ter cedido o edifício das Termas de Longroiva (artigo duzentos e dezanove, duzentos e vinte urbanos de Longroiva) à Junta de Freguesia de Longroiva, por unanimidade.
O terreno envolvente aos artigos duzentos e dezanove e duzentos e vinte é propriedade da Junta de Freguesia, sendo que estes últimos nunca possuíram Logradouro.
Durante o dia de hoje um membro da Junta de Freguesia de Longroiva deslocou-se às Finanças de Meda, onde verificou que a área do artigo duzentos e dezanove que se encontra inscrita é de duzentos e sessenta e oito metros quadrados e a do artigo duzentos e vinte é de trinta e dois metros quadrados.
Logo, a área dos artigos duzentos e dezanove e duzentos e vinte constantes da hasta pública de venda não está conforme com a área dos artigos constante no serviço de Finanças.
A ser assim e como é de conhecimento de qualquer pessoa normal os prédios não são pastilha elástica, que se possam esticar ou diminuir à vontade do freguês, pelo que não se entende passar-se de duzentos e sessenta e oito metros quadrados para onze mil trezentos e oitenta e nove vírgula vinte e um metros quadrados como sucede com o artigo duzentos e dezanove.
É pois manifesto que a hasta pública propõe-se vender área que os artigos não possuem ou área que é propriedade de outras pessoas.
Face ao exposto é manifesto estar a Câmara Municipal de Meda propor-se vender prédios que não são seus, pois os artigos duzentos e dezanove e duzentos e vinte são ainda propriedade da Junta de Freguesia de Longroiva e a área que neles incorporarão é na sua quase totalidade também da Junta de Freguesia de Longroiva, existindo aí uma ilha de particulares.
Pelo que incorre a Câmara Municipal de Meda em ilícito civil e criminal.
Acresce que a Câmara Municipal de Meda não comunicou à Junta de Freguesia o propósito de construir um hotel em propriedade da Junta de Freguesia de Longroiva, o que se lamenta.
Razões pelas quais tem a Junta de Freguesia de Longroiva que votar contra o proposto sob pena de, entre outras coisas, estar a sancionar o comportamento ilícito da Câmara Municipal de Meda.”

7-A Freguesia de Longroiva continua a encarar com bons olhos a possibilidade de vir a ser construído um Hotel em Longroiva, intenção que desde já agradece publicamente aos investidores que se disponibilizaram a realiza-lo, por considerar ser um equipamento que em muito pode dinamizar a freguesia e captar pessoas, proporcionando qualidade de alojamento.

8-Contudo, e contrariamente ao pretendido pela Câmara Municipal de Mêda, não aceita ceder gratuitamente e definitivamente o antigo Edifício Termal o que seria um atentado grave para os interesses da Freguesia que corria o risco de assim perder um importante elemento do seu património;
Predispôs-se aliás, a Freguesia de Longroiva, a conceder o direito de superfície, não a título definitivo, por um período de quarenta e nove anos;

9-Não aceita prescindir definitivamente do antigo edifício termal, pois tal equivaleria para as gentes de Longroiva prescindir de um passado de luta pela sua construção e do futuro que o mesmo encerra, respeitando a História e a memória de quem ao longo dos séculos preservou um bem para a freguesia, concelho e região, aliás reconhecido;

10-Também e contrariamente ao exigido pela Câmara Municipal de Mêda, não aceita ceder gratuitamente o terreno que vai do antigo ao novo edifício termal;

11-E, contrariamente ao pretendido pela Câmara Municipal de Mêda, entende que o terreno do furo geológico de água sulfúrica deve ficar, seja qual for a forma de cedência do terreno, na propriedade da Freguesia de Longroiva, não se opondo a que o Hotel possa aceder à água sulfúrica do furo geológico, desde que esse acesso fique devidamente regulamentado e salvaguardado antes da adjudicação, sem prejuízo para a freguesia e seu património;

13-A Câmara Municipal de Mêda em todo o processo, não se portou como uma pessoa de bem, tendo, por exemplo, através do edital nº 3/2012, de 31 de Janeiro de 2012, tornado público o programa de procedimento de hasta pública para alienação de imóveis no complexo termal de Longroiva, aprovada por unanimidade, em reunião ordinária do executivo da Câmara Municipal de 29 de Dezembro de 2011, com a base de licitação de a partir do valor de 1 € (um euro) o antigo edifício termal (artºs urbanos 219º e 220º) e um terreno rústico, bens estes que são propriedade da freguesia de Longroiva;

14-A Freguesia de Longroiva entende que, nos termos em que foi lançada a Hasta Pública pela Câmara Municipal de Mêda, o único interesse que se encontra defendido e protegido é o interesse dos privados, pois, deu por 15.000€ um terreno com mais de 10.000 m2, um edifício termal e a propriedade da água sulfúrica do furo, sendo manifesto o prejuízo causado ao interesse público;
A Freguesia de Longroiva entende que num projecto subsidiado pelo QREN em 4,5 milhões de euros, como é o caso do Hotel, o investidor, não necessita que lhe ofereçam gratuitamente a propriedade dos prédios e da água sulfúrica do furo;

15-Contrariamente ao defendido pela Câmara Municipal de Mêda, a regra em situações desta natureza, seria a cedência a titulo não definitivo dos imóveis e não a cedência gratuita e a título definitivo;
A Junta de Freguesia de Longroiva, tal como sempre afirmou publicamente e à Câmara Municipal de Mêda, sempre apoiou a construção do Hotel, não se importando de ceder o antigo edifício termal a titulo não definitivo, de acordo com atrás já referido (a conceder o direito de superfície, não a título definitivo, por um período de quarenta e nove anos)de forma a permitir o investimento;

16-A Freguesia de Longroiva, a bem do desenvolvimento local e regional, tentou sempre procurar o consenso com a Câmara Municipal de Mêda, embora, esta, nunca se tenha mostrado disponível para tal, já que o único propósito da câmara municipal era defender os interesses da empresa vencedora do concurso da hasta pública. Vá-se lá saber porquê.

17-Não tendo esta Junta de Freguesia vistas satisfeitas as suas pretensões, esgotadas todas as hipóteses de diálogo e a bem dos interesses da população que nos elegeu, manifesta a disposição de defender os interesses da Freguesia e suas gentes através de todos os meios legais.

Longroiva, 18 de Março de 2012

A Junta de Freguesia de Longroiva

sexta-feira, 9 de março de 2012

Cavaco ... outra vez

“Campeão da deslealdade institucional”. Foi com esta acusação que o ex-ministro do PS, Pedro Silva Pereira, saiu nesta sexta-feira em defesa de José Sócrates, acusado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, de uma "falta de lealdade institucional que ficará registada na história da nossa democracia".

“O PR não tem nenhuma espécie de autoridade moral para acusar quem quer que seja de deslealdade institucional”, disse o ex-governante socialista, em declarações nesta manhã à rádio Antena 1.

Em contra-ataque – depois das acusações de Cavaco Silva ao ex-primeiro-ministro, no prefácio do livro de intervenções “Roteiros VI” -, o antigo ministro da Presidência do Conselho de Ministros de José Sócrates teceu duras críticas a Cavaco e acusou o Presidente de terminar com este texto “da pior maneira um ano absolutamente desastroso no exercício da função presidencial, que conduziu, aliás, às mais baixas quotas de popularidade de que há memória”. Pode ler o prefácio do livro na íntegra aqui.

“Eu creio que, neste momento, alguém devia recordar ao senhor Presidente da República (PR) que ele ainda está em funções”, concretizou.

Silva Pereira justificou a acusação de “deslealdade institucional” com o caso da “célebre intriga das escutas” em Belém, que classificou como “uma pura inventona de ataque sórdido ao governo em funções”, referindo-se ao primeiro mandato de José Sócrates.

Já o líder parlamentar do PS, Carlos Zorrinho, disse esta manhã "estranhar" e "lamentar" que o "Presidente da República tenha escolhido o dia em que faz um ano do primeiro mandato para fazer ajuste de contas com o antigo primeiro-ministro, que é extemporâneo, sem direito ao contraditório". Para Zorrinho este "ajuste de contas" com José Sócrates é feito ao arrepio das preocupações e prioridades dos portugueses.

Questionado sobre o facto de o antigo primeiro-ministro não ter informado o Presidente sobre a apresentação do PEC IV - uma das acusações de Cavaco Silva -, o líder da bancada socialista negou essa ideia. "A informação que temos é que não foi assim. Isso exige contraditório e não deve ser abordado pelo Presidente da República e sim pelo cidadão Cavaco Silva, mas não investido pelos poderes institucionais", afirmou aos jornalistas.

Parece que cada vez que Cavaco Silva fala ou escreve só sai asneira.
Como foi possível estar tão calado durante os 6 anos de governação Sócrates ?!
Quando devia falar, calou-se.
Quando deve estar calado, fala.
Quem é culpado de tudo isto é a "raposa" Mário Soares, senão teríamos uma República Alegre. Sempre tinhamos um poeta a declamar de vez em quando.
Sempre pensei que Cavaco Silva teve sempre o seu projecto pessoal e que apenas soube governar quando chegavam milhões por dia da "morta" União Europeia.
Se analisarmos bem a sua governação, não podemos deixar de concluir que foi o principal "coveiro" deste país.
Só alguns "poucos recomendáveis amigos" puderam usufruir do "desgorverno" e manancial de dinheiros da altura.
Será bom lembrar o "funeral" que fez à agricultura, pescas e indústria.
Depois disso que fez ? Acumular pensões e reformas que, segundo diz, não lhe chegam para fazer face à carestia da vida do dia a dia.
Coitado deste país que tem Presidentes assim.

terça-feira, 6 de março de 2012

Tia Ana ...

1913 - 2012


Faleceu a Tia mais velha da Família Amaral.
Como o meu saudoso Pai dizia que na família partiam primeiro os mais novos, isso aconteceu.
Primeiro o mais novo , depois a irmã do meio e agora a Tia Ana.
Nascida na Meda, viveu quase toda a sua vida em Coimbra.
Lúcida até á sua morte, partiu no passado dia 5.
Não foi pelos melhoers motivos que me reuni, mais uma vez, com a Família.
A sua morte deixou em nós uma profunda tristeza.
Que descanse em PAZ.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Adega Cooperativa ...


Realizou-se em 26 de Fevereiro passado mais uma Assembleia Geral Extraordinária com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1 – Apreciação e Votação do Relatório, do Balanço e Contas da Direcção bem como do parecer do Conselho Fiscal respeitante ao período de 2010.
2 – Pagamento da vindima de 2011.
3 – Outros assuntos de interesse para a Cooperativa.

Foram finalmente APROVADAS, por maioria dos Sócios presentes, as Contas referentes ao exercício de 2010, contrariamente ao Parecer do Conselho Fiscal que tinha dado um parecer negativo às mesmas.
Foi assim aceite o PREJUÍZO de Euros 136.283,02 no Exercício de 2010.

Naturalmente, sem grande surpresa, o Conselho Fiscal acaba de pedir a RENÚNCIA ao seu mandato por "entender não estarem reunidas as condições necessárias para continuar a defender os interesses dos seus sócios"
Esperemos que os elementos Suplentes aceitem assumir as funções para que foram eleitos.