Ministério pagou 72 mil euros a mulher de ministro.
A procuradora, casada com Alberto Martins, ministro da Justiça, reclamou verba. A hierarquia do Ministério Público disse que não tinha direito, mas pagamento foi feito.
A procuradora Maria Correia Fernandes, casada com o ministro da Justiça, Alberto Martins, recebeu em 2010 a quantia de 72 mil euros. O pagamento foi feito pelo ministério contra a opinião da hierarquia do Ministério Público que afirmou que a magistrada não tinha direito a tal verba.
A decisão foi tomada pelo antigo secretário de Estado João Correia depois de o seu antecessor, Conde Rodrigues, ter indeferido o pagamento.
Leia toda a investigação na edição impressa e no e-paper do DN.
Ministro da Justiça
Alberto Martins manda investigar pagamentos à mulher
por DN.pt com LusaHoje
O ministro Alberto Martins disse hoje, terça-feira, que pediu à Inspeção-geral da Justiça para se pronunciar sobre a legalidade de 39 despachos assinados pelo ex-secretário de Estado João Correia, um dos quais beneficiou a sua mulher, a procuradora Maria Correia Fernandes.
O ministro da Justiça fez este anúncio numa breve declaração aos jornalistas na sequência da notícia hoje divulgada pelo DN dando conta que o seu ministério pagou no ano passado 72 mil euros a Maria Correia Fernandes, por acumulação de funções em dois serviços do Ministério Público. Isto apesar de todos os pareceres da hierarquia do Ministério Público serem contra este pagamento e de ainda não haver uma decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) do Porto, onde corria um processo sobre este assunto.
Alberto Martins reagiu dizendo que espera que o assunto esteja "esclarecido dentro de 15 dias a três semanas" e que hoje mesmo se disponibilzou para prestar explicações à comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.
O ministro garantiu que mal assumiu funções delegou esta matéria no secretário de Estado e que desconhecia o teor dos despachos assinados por João Correia, admitindo contudo que, dada a proximidade familiar com Maria Correia Fernandes, sabia que a procuradora tinha interposto uma ação no TAF do Porto e que o Ministério da Justiça lhe tinha deferido o pagamento.
E PARECIA ELE TÃO HONESTO !!!
Assim como assim, venham mais PEC's que nós pagamos aos "tachistas".
Quando o exemplo vem de casa do Ministro da JUSTIÇA !!!